sábado, 23 de setembro de 2023

Sabores do Brasil: culinária brasileira é um dos principais impulsionadores do turismo

Com suas influências regionais e ingredientes exóticos, a gastronomia brasileira tem se destacado cada vez mais como impulsionadora do turismo. A riqueza cultural e a diversidade de sabores presentes na culinária atraem turistas do mundo inteiro para se deliciar com os pratos típicos do Brasil. As cidades de Belém, Belo Horizonte, Florianópolis e Parati mostram a sua singularidade integrando a Rede Brasileira de Cidades Criativas da Unesco, na categoria Gastronomia.

Que tal viajar pelas delícias do nosso país e descobrir um pouco mais sobre esses destinos recheados de ingredientes imperdíveis?

BELÉM – Um verdadeiro tesouro gastronômico, é assim que Belém (PA) é conhecida. Localizada no Norte do país, as raízes amazônicas encantam os turistas com seus sabores, presentes em pratos como: Tacacá - uma sopa quente à base de tucupi; maniçoba, vatapá, jambu; açaí e uma variedade de peixes e frutos da região.

A gastronomia da cidade paraense carrega as raízes indígenas e a influência dos africanos e portugueses, combinados a riqueza dos ingredientes naturais provenientes da fauna e flora amazônicas.

Desde 2015, a cidade conquistou o selo de Cidade Criativa da Gastronomia concedido pela Unesco, se destacando como uma referência culinária gastronômica mundial e promovendo o desenvolvimento de maneira sustentável.

BELO HORIZONTE – A mesa do mineiro é famosa pela sua abundância. É difícil escolher entre feijão tropeiro, pamonha, queijo minas, pão de queijo, broa de fubá, doce de leite, tutu, angu de milho e muitos outros pratos que possuem um sabor único que encanta o paladar de quem visita BH.

Os pratos fazem parte da identidade da capital mineira, sendo impossível ir à cidade jardim e não experimentar um queijo minas com goiabada e as inúmeras combinações existentes. De acordo com Observatório do Turismo de Belo Horizonte 2023, o feijão tropeiro é o prato que mais se destaca entre os visitantes e moradores, com preferência entre 46,2% do público.

Presente também com o título de Cidade Criativa da Unesco pela Gastronomia, os sabores de BH carregam elementos da cultura indígena, africana e portuguesa.

FLORIANÓPOLIS – No Sul, a ilha da magia também promove sabores fantásticos. O encanto vai para os pratos a base de frutos do mar frescos como a Moqueca de Camarão e a Tainha Assada, que são uma verdadeira iguaria. A fusão de sabores e a preservação dos ingredientes locais são marcas registradas da gastronomia florianopolitana.

Um dos pratos mais emblemáticos de Florianópolis (SC), a Moqueca de Camarão combina camarões frescos, peixe, cebola, pimentões e tomate em um caldo de leite de coco e azeite de dendê. É uma explosão de sabores que representa a herança açoriana e indígena da ilha.

Integrando a Rede de Cidades Criativas desde 2014, a cidade é a maior produtora de ostras do Brasil. Famosa por entregar ostras frescas e saborosas, que são cultivadas nas águas limpas ao redor da ilha. Elas podem ser apreciadas cruas, com um toque de limão, ou preparadas de diversas maneiras, como gratinadas ou em ceviche.

PARATY – Com raízes na cultura caiçara, Paraty (RJ) oferece uma gastronomia autêntica, com influência histórica da época colonial. Suas ruas de paralelepípedos e casarões coloniais criam um cenário encantador para explorar a culinária local. A culinária da região apresenta pratos como o peixe à cambucu, a bananinha de parati e a cachaça artesanal, que mostram o poder da autenticidade e sabores únicos encontrados nesta região.

O peixe à Cambucu, um dos favoritos da região, consiste, geralmente em robalo ou dourado, cozido com banana-da-terra, leite de coco, azeite de dendê e temperos regionais. É uma combinação harmoniosa de sabores tropicais que reflete a herança indígena e africana da região.

A cidade também é palco de diversos eventos gastronômicos ao longo do ano, como festivais de comida de rua e encontros de chefs renomados. Esses eventos celebram a rica tradição culinária da cidade e proporcionam aos visitantes a oportunidade de explorar novos sabores e pratos únicos, tudo isso unido a sustentabilidade, um dos eixos da Rede de Cidades Criativas, do qual a cidade faz parte desde 2017, na categoria gastronômica.

PROGRAMA NACIONAL DE TURISMO – A gastronomia brasileira, com suas cores, sabores e aromas únicos, continua atraindo viajantes em busca de experiências autênticas, transformando o ato de comer em uma jornada de descobertas culturais. As quatro cidades reconhecidas pela Unesco são verdadeiros tesouros que revelam a riqueza da gastronomia brasileira.

Por meio do Programa Nacional de Turismo Gastronômico, o Ministério do Turismo busca valorizar as tradições culinárias de cada região, proporcionando aos turistas uma verdadeira imersão na cultura local por meio da culinária. Com festivais, roteiros gastronômicos e a promoção de produtos regionais, o programa fomenta a economia de cada região e consolida o Brasil como um destino gastronômico de destaque. 

Fonte: Ministério do Turismo

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Festival das Tribos chega à 29ª edição em Jurutí

A exemplo de outros festivais folclóricos da Amazônia, o Festribal representa uma dualidade cultural em Jurutí:  a disputa simbólica entre as tribos Muirapinima e Munduruku.

A 29ª edição do Festival Folclórico das Tribos Indígenas de Juruti ocorre até este sábado, 29, no oeste do Pará. O evento é uma das principais manifestações artísticas e culturais da Amazônia e retrata, por meio de apresentações, danças e alegorias, a vida, as tradições e ancestralidade dos povos tradicionais amazônidas. A programação ocorre na arena Tribódromo, onde as tribos Muirapinima e Munduruku disputam o título do evento, ao representar

Vale destacar que os dois grupos folclóricos trabalham o ano inteiro na criação dos diversos elementos que compõem as apresentações que ocorrem durante o festival e movimentam a paixão das torcidas. Além da questão cultural, o evento também impulsiona setores como o comércio e hotelaria na cidade, com a chegada de turistas que prestigiam a celebração.

LEI SEMEAR - De acordo com Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, a distribuidora de energia, que é a maior patrocinadora de cultura do estado, sempre busca apoiar iniciativas que valorizam as expressões locais e que democratizam o acesso à arte e a história do povo, como é o caso do Festribal, que ela apoia a partir de incentivos da Lei Semear.

“Avaliamos sempre a forma positiva que o projeto vai impactar na realidade do local, então, prezamos pela valorização artística e a geração de renda, por exemplo. A Equatorial Pará patrocina pelo segundo ano consecutivo a ação porque acredita no poder de transformação cultural do evento”, finaliza.

Fortalecimento do turismo -  A região turística do Tapajós, no Pará, é referência para importantes eventos culturais, a exemplo do Çairé, que acontece no mês de setembro na vila de Alter-do-Chão, no município de Santarém. Outra manifestação que atrai para a região anualmente grande fluxo de turistas é o Festribal, que resgata em forma de espetáculo a cultura indígena nativa da cidade. Uma das maiores manifestações culturais da Amazônia.

O Tribódromo - O palco das apresentações é o Tribódromo, onde as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo) se enfrentam pela conquista do título. A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival. A disputa entre as tribos ocorre desde de 1995, captando fluxo turístico para a região do Tapajós, onde também se destacam neste sentido os municípios de Santarém, Belterra, Oriximiná, Itaituba, Óbidos, entre outros.

CONHEÇA JURUTI -  O município sede do Festribal está localizado na Região Turística do Tapajós, mesorregião do Baixo Amazonas e microrregião de Óbidos, distante 848 km de Belém, capital do Pará.

Juruti é uma cidade pequena, bastante acolhedora e conserva todas as características dos municípios da região do Baixo Amazonas. Foi uma aldeia dos índios mundurucu, fundada, segundo Ferreira Pena, em 1818, e submetida à administração de um missionário com poderes paroquiais. Na sua história um fato incomum: por duas vezes perdeu a condição de município. O primeiro ato de criação data de 9 de abril de 1885; 15 anos depois, em 3 de abril de 1900, por questões políticas, Juruti perde a autonomia municipal e seu território é anexado a Óbidos e Faro. Volta a ser município em 3 de abril de 1913, pela Lei 1295, assim permanecendo até o advento do Decreto estadual nº 6, de 4 de novembro de 1930, quando ocorre nova supressão, ficando seu território sob a administração direta do Estado. Em 3 de maio de 1935, Juruti volta a ter autonomia, mas somente em 31 de março de 1938, pela Lei 2972, constitui-se o município com seus limites geográficos atuais.

O QUE VISITAR

Lago Grande do Salé - A dez minutos da cidade, de carro ou de moto, você vai encontrar com uma das mais exóticas paisagens de Juruti, o balneário da Ponte, igarapé de águas límpidas e geladas, e ainda pode contar com o serviço de restaurante, além de poder se deleitar com a natureza exuberante.

Lago do Jará - Um dos mais populares balneários da cidade, é formado pelo lago do Jará. Seus segredos e lendas encantam os visitantes e o passeio de canoa é um dos destaques, especialmente no final da tarde.

Praia do formigão (Juruti Velho) - Localizada no lago do Juruti Velho, distante do centro da cidade cerca de cinco horas de barco, ela surge no período de seca do rio, formando imensas pontas de areia que se estendem até o meio do lago.

COMO CHEGAR - De avião, companhias aéreas e algumas linhas de Táxi Aéreo fazem voos regulares para Juruti. De navio, partindo do porto de Santarém, saem barcos diariamente em vários horários e os preços variam de acordo com a tabela regulada pelo Governo do Estado, oscilando para mais em período de férias e do verão amazônico.